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RDC

Rebeldes dos M23 anunciam retirada de posição estratégica no leste da RDC

Os rebeldes do M23 anunciaram hoje a sua retirada de Kilumba, uma das suas posições estratégicas perto de Goma, capital da província do Norte-Kivu, no leste da RDC. Este anúncio surge pouco depois de um novo relatório de peritos da ONU acusar o exército ruandês de ter efectuado incursões no Norte-Kivu nestes últimos meses e de ter igualmente apoiado os M23.

Veículos da ONU patrulham as imediações de Goma, na República Democrática do Congo, no dia 25 de Novembro de 2022.
Veículos da ONU patrulham as imediações de Goma, na República Democrática do Congo, no dia 25 de Novembro de 2022. AP - Jerome Delay
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Depois de semanas de intensos combates, desde o passado mês de Outubro, entre as tropas congolesas e a rebelião tutsi dos M23, a direcção deste movimento anunciou aceitar ceder as suas posições em Kilumba, num "gesto de boa vontade em nome da paz".

Kilumba, localidade conquistada pelos M23 em meados de Novembro era o último reduto antes de uma eventual conquista de Goma, cidade de mais de um milhão de habitantes e capital provincial do Norte-Kivu.

A retirada dos rebeldes desta localidade acontece num contexto em que tem havido uma série de iniciativas diplomáticas no sentido de restabelecer a paz naquela região, a última das quais tendo ocorrido há um mês em Luanda.

O recuo dos M23 acontece igualmente pouco depois de um novo relatório da ONU apontar a responsabilidade do exército ruandês neste conflito. Os peritos que elaboraram este documento que deve ser publicado nos próximos dias, referem ter recolhido "provas substanciais" de que o exército ruandês fez intervenções em território congolês pelo menos entre Novembro de 2021 e Outubro deste ano.

Segundo este relatório, existem igualmente provas de que as forças armadas ruandesas forneceram "armas, munições e uniformes" aos rebeldes do M23. Afirmações logo desmentidas ontem pelas autoridades de Kigali argumentando que "não precisam de apoiar os M23" já que "o Ruanda é capaz de garantir a segurança do seu território e do seu povo".

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