Malianos votam referendo sobre a nova Constituição
Mais de 8,4 milhões de malianos são chamados às urnas para votar no referendo sobre a nova Constituição do país. O eleitor tem a possibilidade de escolher o boletim branco para indicar que apoia a nova Constituição ou o vermelho para dizer "não" ao texto.
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Tratam-se das primeiras eleições organizadas pelos militares, após o golpe de Estado que derrubou do poder o Presidente Ibrahim Boubakar Keita, em Agosto de 2020.
Nesta votação, o eleitor tem a possibilidade de escolher o boletim branco para indicar que apoia a nova Constituição ou o vermelho para dizer "não" ao texto.
Entre as mudanças propostas pela Junta Militar em relação à Constituição de 1992, os eleitores vão decidir se aceitam ou não um reforço dos poderes do Presidente da República.
São muitos os desafios deste país confrontado com a expansão terrorista e uma crise multidimensional: de segurança, política, económica e humanitária.
Vários movimentos políticos armados, implicados no processo de paz, rejeitaram o projecto da nova Constituição e anunciaram que o voto não terá lugar nas localidades do norte do país, nomeadamente na região de Kidal.
A segurança do processo eleitoral é outra prioridade. Os grupos jihadistas também ameaçaram impedir o processo de votação em alguns lugares do país.
Por seu lado, a Governo maliano reitera que foram tomadas todas as disposições para que o processo de votação decorra num clima pacífico.
Desde a chegada dos militares ao poder em 2020, é a primeira vez que o coronel e presidente de transição Assimi Goita serٔá julgado nas urnas pelo malianos.
Além do resultado, a taxa de participação também é uma das grandes questões nesta votação. Os resultados são esperados 72 horas após o encerramento da votação às 18 horas locais.
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