Parlamentares de Moçambique aprovam acordo de cessação das hostilidades
A Assembleia da República reunida hoje em sessão extraordinária, aprovou por unanimidade o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares assinado na sexta-feira passada pelo Presidente Armando Guebuza e pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Publicado a:
Esta aprovação parlamentar constituía a última etapa para o entendimento de paz entre as partes, após mais de um ano e meio de confrontos na região centro de Moçambique e mais de 70 rondas negociais. No quadro do cumprimento deste acordo, devem chegar ao país a partir desta terça-feira os 23 observadores militares oriundos de nove países cuja missão consistirá em fiscalizar o cessar-fogo e o desarmamento dos combatentes residuais do braço armado da Renamo.
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
De acordo com a imprensa moçambicana, a implementação deste acordo deveria custar cerca de 14 milhões de euros aos cofres do Estado. Quanto à perspectiva de se criar um fundo para a paz, uma intenção anunciada na sexta-feira pelo Presidente Guebuza, não filtrou por enquanto no que consistirá exactamente, conforme disse à RFI Eduardo Namburete, Secretário para as Relações Exteriores da Renamo, que não deixa contudo de expressar a sua satisfação com esta iniciativa.
Eduardo Namburete entrevistado por João Matos
Paralelamente, continua a campanha para as eleições gerais de 15 de Outubro. Ao evocar uma campanha "tranquila", Abdul Carimo, presidente da Comissão Nacional de Eleições, refere que sempre existiram condições para todos os partidos conduzirem a sua campanha, mas reconhece que com a assinatura do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, a situação ficou "mais favorável".
Abdul Carimo entrevistado por João Matos
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro