Guiné-Bissau: cortar acesso ao Facebook e Internet ?
Com o agudizar da crise política na Guiné-Bissau, as redes sociais transformaram-se em lugares apropriados para ataques e contra-ataques entre apoiantes de lideres políticos, um deputado do Madem preocupado com esta onda de violência verbal, apela mesmo ao corte do Facebook ou mesmo da Internet.
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O assunto até já merece a atenção de alguns deputados e um parlamentar propôs mesmo acabar com o Facebook como forma de diminuir a tensão política.
O deputado Adulai Baldé, da bancada do partido Madem G-15 - que integra a maioria governamental - vê isso como solução para acabar com a violência verbal entre os guineenses, referindo-se entre outros aos slogans e cartazes arvorados em Portugal por manifestantes guineenses no passado dia 11 de Julho.
Desligar a rede social Facebook ou simplesmente acabar com a própria internet na Guiné-Bissau ?
O deputado Adulai Baldé, eleito pelo círculo de Bafatá, no leste, entende que se não forem tomadas medidas radicais, a democracia nunca mais vai vingar na Guiné-Bissau.
O deputado e líder da bancada do Madem, o jurista Abdu Mané, até entende a preocupação do colega Adulai Baldé, mas, apela antes de tudo, à contenção de linguagens.
"...eu acho que deve haver alguma moderação, criticar é normal, chamar a atenção é normal, agora palavrões não dignificam a própria pessoa e não nos dignifica a todos nós e isto não é bom para nós, queremos uma democracia, eu não digo uma democracia genuína, não há, é um ideal, porque quem exerce as funções públicas , sujeita-se às críticas de facto, agora, entre aspas, violência verbal gratuita penso que nós devemos evitar, isto não é bom para nós, as pessoas que dirigem o país, mesmo nós deputados, parlamentares sujeitamo-nos ao principio do escrutínio,...temos que justificar, aquilo que eu vi, fiquei espantado, não era essa a atitude dos guineenses
Mussa Baldé: Acha que Portugal poderia fazer alguma coisa ?
As pessoas que foram ofendidas, eles é que têm o direito de queixa, se for o caso, mas não é bom para nós esse tipo de ofensa, agora, direito à indignação, direito à manifestação é um direito fundamental, mas há um limite de razoabilidade".
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