Jornalistas franceses são capturados em território sírio

Um repórter e um fotógrafo desapareceram na região de Alepo, segunda maior cidade do país. Ambos teriam sido capturados por homens armados. Em viagem ao Japão, o presidente François Hollande pediu a liberação dos jornalistas.

O jornalista Didier François, capturado na Síria enquanto trabalhava para a rádio francesa Europe 1, em foto de fevereiro de 2013 Olivier Fourt

A rádio francesa Europe 1 confirmou nesta sexta-feira o desaparecimento de dois jornalistas destacados para a cobertura do conflito na Síria, o repórter Didier François e o fotógrafo Edouard Elias. Segundo informações preliminares, eles teriam sido capturados por homens armados. A rádio publicou em seu site que o ultimo contato com os profissionais foi na quinta-feira, às 11h00, no horário de Paris (6h00 no horário de Brasília).

Em visita oficial ao Japão, o presidente francês François Hollande pediu a libertação dos dois. "Eles não representam nenhum estado, são homens que trabalham para que o mundo possa receber informações", afirmou durante uma entrevista coletiva junto do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Um jornalista americano e um italiano também desapareceram no país. James Foley, que trabalha como colaborador para o portal GlobalPost, foi visto pela última vez há seis meses. Ele teria sido capturado por forças ligadas ao ditador Bashar al-Assad, que afirmou publicamente que o jornalista esta vivo. Domenico Quirico, do jornal italiano La Stampa, sumiu no dia 9 de abril, mas a publicação afirmou em sua conta do twitter que ele está vivo.

Desde o início dos conflitos na Síria, em março de 2011, 24 jornalistas já foram mortos, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras.