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Irão

AIEA condena Irão por desligar câmaras de vigilância

A Agência internacional de Energia Atómica condenou esta quinta-feira, 9 de Junho, a decisão de Teerão de desligar várias câmaras de vigilância das actividades nucleares e advertiu que se trata de “um duro golpe” nas negociações para restaurar o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano assinado em 2015.

AIEA condena Irão por desligar câmaras de vigilância
AIEA condena Irão por desligar câmaras de vigilância AP - Mehdi Ghasemi
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A decisão “constitui um sério desafio à capacidade da Agência internacional de Energia Atómica continuar a trabalhar no Irão", admitiu o director geral Rafael Grossi.

A AIEA é responsável por garantir o carácter pacífico das actividades nucleares, dar continuidade às inspecções e tem ainda 40 câmaras no local. Mas a resposta de Teerão resulta em "menos transparência e mais dúvidas", explicou Grossi.

Teerão anunciou ontem ter desligado várias câmaras de vigilância do órgão das Nações Unidas que monitorizavam uma das estruturas envolvidas no programa nuclear iraniano e no processo de enriquecimento de urânio.

As autoridades iranianas justificaram a decisão como uma forma de protesto ao voto do Conselho de Governadores da AIEA ter aprovado ontem, com ampla maioria e pela primeira vez em dois anos, uma resolução crítica do Irão por falta de transparência na cooperação com esta agência da ONU.

O texto, apresentado pelos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha expressa "profunda preocupação" por, apesar de intensos contactos entre o Irão e a AIEA, não se ter esclarecido a origem de vestígios de urânio enriquecido encontrado em três sítios não declarados.

Segundo fontes diplomáticas, o texto foi aprovado por 30 dos 35 Estados-membros do conselho ,apenas a Rússia e a China votaram contra.

O Irão anunciou ainda que pretende instalar duas novas centrifugadoras em cadeia IR-6 no complexo nuclear de Natanz, reiterando que o país tem o programa nuclear "mais pacífico e transparente do mundo".

As conversações entre o Irão e a AIEA estão a ser conduzidas em paralelo com as discussões sobre a recuperação do pacto nuclear de 2015, realizadas em Viena.

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