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Sudão do Sul

Sudão do Sul anuncia o envio de 750 militares para o leste da RDC

As forças armadas do Sudão do Sul anunciaram ontem à noite que vão enviar 750 militares para o Norte-Kivu, no leste da RDC no âmbito de uma força regional cuja missão será de combater os rebeldes do M23 cujos ataques desestabilizam o país e envenenam as relações com o Ruanda, acusado por Kigali de apoiar estas acções.

Soldados sul-sudaneses em Juba, no dia 28 de Dezembro de 2022, antes do seu envio em missão no leste da República Democrática do Congo.
Soldados sul-sudaneses em Juba, no dia 28 de Dezembro de 2022, antes do seu envio em missão no leste da República Democrática do Congo. AFP - SAMIR BOL
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Numa cerimónia organizada ontem em Juba, a capital, as autoridades do Sudão do Sul indicaram que os 750 militares "vão partir assim que possível" e que eles têm estado a treinar há mais de 6 meses.

O envio destas tropas pelo Sudão do Sul acontece cerca de 4 meses depois da integração nas forças armadas deste país de milhares de combatentes entre os quais antigos apoiantes do Presidente Salva Kiir e do seu rival, o vice-presidente Riek Machar, no âmbito de um acordo de paz suposto fechar definitivamente a guerra civil que estalou logo depois da independência do Sudão do Sul em 2011.

Apesar disto, este jovem país continua instável, o recrudescimento da violência nestes últimos dias no leste tendo obrigado 30 mil pessoas a fugir. De acordo com a ONU, mais de 9 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária em 2023 no Sudão do Sul.

É neste contexto interno difícil que o Sudão do Sul participa na força regional que deve combater os rebeldes do M23 no leste da RDC. Esta força abrangendo igualmente o Quénia, o Burundi e o Uganda, e cujos efectivos se desconhecem, é uma das iniciativas decididas a nível regional para tentar estancar a crise que afecta directamente as relações entre a RDC e o Ruanda.

Kinshasa acusa Kigali de apoiar directamente as violências dos M23 e de efectuar incursões no Norte-Kivu, região rica em minerais, o que o Ruanda desmente. Ultimo episódio da crise entre os dois países, ontem o Ruanda acusou a RDC de ter violado o seu espaço aéreo com um caça, no oeste do seu território.

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