Angola: Oposição desiludida com discurso de João Lourenço
A oposição angolana mostrou-se hoje desiludida com o discurso à nação do Presidente João Lourenço. A UNITA deu um “cartão vermelho” ao chefe de Estado angolano, sublinhando que o adiamento das autárquicas é anterior à pandemia de Covid-19.
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O grupo parlamenta da UNITA, principal força de oposição no país, considerou que o discurso de João Lourenço foi uma “mão cheia de nada”. O segundo vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, Maurílio Lyele, afirmou que o adiamento das autárquicas é anterior à pandemia de Covid-19.
A CASA-CE também se mostrou defraudada com o discurso do Chefe de Estado. O deputado Manuel Fernandes referiu que João Lourenço utilizou a pandemia para justificar o adiamento das autárquicas que se devia realizar este ano.
O Líder da bancada parlamentar do PRS, Benedito Daniel, disse que estava à espera que o Presidente angolano anunciasse uma data para as eleições autárquicas, admitindo que um novo calendário iria ajudar os partidos a prepararem-se para o escrutínio.
O presidente do FNLA acredita que o país tem condições para realizar autárquicas, Lucas Ngonda lamentou, por isso, que João Lourenço não tenha avançado com um calendário preciso para a realização do sufrágio.
Já o MPLA, partido no poder, fez uma análise positiva do discurso à nação, tendo mesmo felicitado o Presidente pela intervenção “substantiva” e “serena”.
No discurso à nação o chefe de Estado angolano disse, esta quinta-feira, que as eleições autárquicas previstas para 2020, “não foram adiadas porque nunca foram convocadas”. João Lourenço acrescentou que seria “irrealista e irresponsável” realizar uma eleição este ano, num contexto de pandemia de Covid-19.
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