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Moçambique

Prolongamento da missão militar da SADC em Cabo Delgado, no norte de Moçambique

A missão da força conjunta e em estado de alerta da SADC vai continuar em Moçambique por mais três meses para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, no norte do país. Esta é a decisão saída da cimeira dos chefes de Estado e do governo da SADC no Malawi que preside actualmente a organização sub-regional, uma reunião durante a qual também se que aprovou uma verba para esta operação.

Coluna de soldados sul-africanos na estrada de Maringanha para Pemba. A África do Sul tem o maior contingente da SADC presente em Moçambique. 5 de Agosto de 2021.
Coluna de soldados sul-africanos na estrada de Maringanha para Pemba. A África do Sul tem o maior contingente da SADC presente em Moçambique. 5 de Agosto de 2021. AFP - ALFREDO ZUNIGA
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No final da cimeira da SADC, em conferência de imprensa em Lilongwe no Malawi, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, saudou a decisão unânime da organização sub-regional em manter a missão conjunta em estado de alerta para o combate ao terrorismo no país com um custo estimado em cerca de 30 milhões de Dólares para um período de três meses.

Ao referir que a missão é prolongada a partir do próximo dia 16 de Janeiro até Abril "com possibilidade de redimensionamento", o chefe de Estado Moçambicano disse que a definição deste período é indicativa "para permitir o planeamento da força porque o terrorismo não termina em um mês ou em um ano naturalmente que as atividades contra os terroristas terão que prosseguir".

Para Filipe Nyusi, o ano de 2022 vai ser decisivo para o combate ao terrorismo em Moçambique. "Se o terrorismo puxa para a esquerda ou para a direita, vamos onde se encontra o extremismo violento", declarou Filipe Nyusi sublinhando que os rebeldes que “se movimentam para zonas que acham que lhes são favoráveis terão a resposta que merecem”. 

Numa altura em que tem sido observado o alastramento da violência designadamente para Niassa, província vizinha de Cabo Delgado, com ataques esporádicos que já levaram 3 mil pessoas a fugirem daquela zona, o presidente moçambicano deu igualmente conta da disponibilidade dos seus parceiros da SADC em apoiar o país no combate ao terrorismo em qualquer ponto do seu território.

No âmbito desta cimeira durante a qual os líderes regionais encorajaram Moçambique a prosseguir os esforços no intuito de organizar uma conferência internacional para obter apoio para a reconstrução de Cabo Delgado, a missão militar da SADC, presente no terreno há cerca de 5 meses, anunciou ter abatido desde Outubro pelo menos 31 insurgentes em operações no distrito de Macomia, em Cabo Delgado.

Desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, zona rica em gás e outros recursos situada no extremo norte de Moçambique, tem sido palco de ataques armados alguns deles reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico. De acordo com dados oficiais, a violência provocou mais de 3.100 mortes e mais de 817 mil deslocados.

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