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Irã/ nuclear

Iranianos fazem corrente humana para proteger instalações nucleares

Centenas de estudantes iranianos fizeram hoje uma corrente humana para proteger simbolicamente as instalações nucleares de Ispahan, no centro do país. Os jovens prometem reagir, mesmo com violência, a qualquer ataque de Israel, que nas últimas semanas tem incitado seus aliados a impedirem à força a continuação do programa nuclear iraniano.

Estudante iranianos fazem corrente humana em torno de usina de urânio como apoio ao programa nuclear de seu país, nesta terça-feira em Ispahan.
Estudante iranianos fazem corrente humana em torno de usina de urânio como apoio ao programa nuclear de seu país, nesta terça-feira em Ispahan. Reuters
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“Nós prometemos aos dirigentes do mundo da arrogância que se uma bala for atirada em direção ao Irã, nós demoliremos Tel Aviv em três dias”, afirmou um líder estudantil à agência de notícias Fars. Os manifestantes protestavam aos gritos de “morte a Israel” e “morte à América”.

A tensão aumentou entre os dois países desde que a agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou, em relatório, que tem “sérias preocupações” sobre um eventual uso militar do programa nuclear iraniano, aumentando as suspeitas da comunidade internacional sobre as intenções de uso apenas civil do enriquecimento de urânio. A agência suspeita que o país possa estar construindo, na realidade, uma bomba atômica.

Teerã negou as acusações feitas no relatório e acusou o órgão de ser instrumentalizado pelos Estados Unidos e Israel, que desejam, segundo o governo iraniano, isolar o Irã. O país também argumenta que já abriu suas instalações para a visita de inspetores internacionais. Em reação, Israel ameaçou bombardear os locais onde o programa nuclear está instalado e, na semana passada, o “guia supremo” iraniano, Ali Khamenei, declarou que seu país responderia “com toda a força” a qualquer agressão ou simples ameaça.

O programa nuclear iraniano já foi seis vezes condenado pelo Conselho de Segurança da ONU, entre as quais quatro foram com aplicações de sanções. A entidade deseja que o Irã pare de enriquecer urânio, o primeiro passo para a construção de uma bomba. Após o último relatório da AIEA, a França e a Alemanha pediram novas sanções, mas a Rússia e a China contestam esta alternativa e dizem preferir mais esforços diplomáticos.
 

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